Camila Castro segue em seu De primeira viagem ainda grávida, entre as políticas de abertura e fechamento de Dublin em plena pandemia. Vamos saber a quantas ela anda?
Este post segue um pouquinho atrasado e vai encontrar o de dezembro logo mais. Também por isso, o texto está um pouco atrás, porque nossa comadre está adiantada na gravidez. Enquanto isso, vamos saber como estavam as coisas até pouquinho tempo atrás. Vamos juntos na saga da melhor brasileira em Dublin que eu conheço!
Por Camila Castro
Assim como nos primeiros meses, o segundo trimestre também tem seus contratempos, como azia e refluxo. Estou cada dia mais pesada e com dor nas costas de vez em quando. Tenho ido mais ao banheiro, até mesmo durante a noite. Porém, nada como a sofrência do primeiro trimestre. Agora ficam cada vez mais nítidos os movimentos do bebê, a parte mais gostosa da gravidez. Sentí-lo faz com que eu esqueça qualquer desconforto. Além disso, Leo, o papai, finalmente pode curtir e participar um pouco mais da gestação, conversando horrores com minha barriga. O nosso amorzinho responde sempre, com chutinhos e movimentos.
Estudando a gravidez
Nossos familiares parecem estar mais ansiosos do que a gente, começaram a comprar e fazer presentinhos para Luquinhas, enquanto estamos meio perdidos com relação a isso. Mas, quando os presentes começam a chegar, a gente se anima e começa as nossas comprinhas também, sem pressa. Não só para o pimpolho, mas também para a mamãe aqui, afinal, a cada dia que passa eu perco cada vez mais roupas. A maior compra que fizemos até agora foi o carrinho, até porque, para sair do hospital, eles pedem um bebê conforto. Para facilitar, compramos um 3 em 1 (tem o assento para passeio, a cesta/cama e o bebê conforto).
Além das compras, resolvemos fazer um curso online e gratuito pela The Baby Academy Ireland que vimos nas redes sociais sobre os cuidados com o bebê. Cortar as unhas, trocar fraldas e roupas, dar banho, entre outros assuntos foram ensinados. O que mais me surpreendeu foi que eles falaram para não dar mais de um banho por semana no bebê de até 6 semanas de vida, além de não usar nenhum produto para tal. É para usar apenas água. Esse foi um pouco do que achei muito divergente do Brasil. Fiquei um pouco chocada, mas nem tanto, porque as pessoas na Europa nem sempre tomam banho todos os dias no inverno (nojinho). Outra coisa foi o cuidado com o cordão umbilical, aqui recomenda-se fazer nada, apenas deixar ele seco e com cuidado com o contato com a fralda. Aparentemente, no Brasil se faz igual atualmente, mas eu lembro que antigamente se recomendava limpar o cordão com álcool (para secar mais rápido? Eu não lembro bem).
Nesse meio tempo, a terceira fase de flexibilização na Irlanda começou. Além das medidas anteriores, os restaurantes e bares (chamados de pubs aqui) abriram, servindo comida com distanciamento e tempo limite de visita. Cabeleireiros e academias também, com hora marcada. E é possível receber visitas em casa (máximo de 10 pessoas de 4 casas diferentes). Enquanto isso, a Europa começou a abrir suas fronteiras, pelo menos internamente, para a retomada da economia. Isso porque, durante o verão, é o período que muitos países são economicamente dependentes.
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Com isso e o número bem reduzido de casos na Irlanda, resolvemos viajar para visitar familiares que moram na Europa continental para, pelo menos, ter alguma viagem nesse ano (nos momentos finais da gravidez não se pode voar, assim como os primeiros meses de vida do bebê) para ver rostos familiares e aproveitar um pouco o verão - na Irlanda, a gente consegue contar nos dedos a quantidade de dias acima de 20 °C. Queríamos fugir um pouco do nosso pequeno apartamento, não aguentamos mais ficar de quarentena. Nosso cronograma de férias é poucos dias na Holanda, voltamos para a Irlanda por uma semana e depois mais alguns dias na Inglaterra. Depois, voltamos pra casa até depois do nascimento do bebê.
Viagem de férias
Voltando ao nosso pequeno, estou com 24 semanas, 6 meses de gravidez, é hora da consulta com o clínico geral e Leo pôde participar. A visita é super simples e rápida, a médica mediu minha pressão, verificou minha urina, checou minha barriga e verificou os batimentos cardíacos do bebê para a felicidade do papai, até o momento ele não tinha ouvido ou visto o bebê. Perguntam-me se eu quero tomar a vacina para pertussis (gratuito), que a grávida pode tomar entre 16 e 36 semanas de gravidez para prevenção da tosse convulsa. Resolvi tomar a vacina na próxima visita, assim como a da gripe. Peço atestado médico para poder voar e a médica me informa que só posso voar até 28 semanas de gravidez, devido às regras de algumas companhias aéreas. Por sorte, as férias marcadas serão realizadas antes deste período. Ufa!
Na semana seguinte à consulta, fomos curtir nossas primeiras férias na Holanda e foram momentos maravilhosos. O clima não estava muito bom, mas conseguimos ir à praia (e saí roxa da água pelo frio! Não estamos na Bahia) e valeu muito a pena. Entretanto, quando estávamos praticamente no final dessas férias, a Irlanda resolveu fazer uma “Green List” (Lista Verde) diferente dos demais países da Europa. É mais restritiva do que a média e conta com os países em que se pode viajar para sem a necessidade de fazer quarentena no retorno. Infelizmente, a Holanda não faz parte da lista, assim como a Inglaterra. Quando voltamos de viagem, ficamos muito preocupados, pois a viagem a Inglaterra aconteceria durante o período que deveríamos estar de quarentena. E agora? Será que vale a pena arriscar?
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Calma, que já já ela volta para contar um pouquinho mais dessa aventura! :)
Camila Castro (Cam, Camy, Camis, Camilinha) é engenheira de produção e vive com o marido e o futuro bebê em Dublin, na Irlanda. Potiguar, morre de saudades do calor nordestino, das comidas e dos amigos de todos os lugares, mas encontrou seu cantinho no mundo para tocar a vida com mais tranquilidade. Você a encontra no linkedin e no facebook. Fala com ela!