• Home
  • Sobre
  • Portifólio
  • Contato
linkedin instagram facebook pinterest

Café: extra-forte

A família Richthofen (da ficção)

Partindo de um crime que abalou o Brasil, a Amazon Prime Video aposta em um lançamento nacional duplo: A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, dois pontos de vista da mesma história, nenhum deles verdadeiro. 

Tratar de verdade em uma narrativa ficcional é um tema polêmico. Tratar da verdade em 2021, não apenas abarca o mesmo adjetivo, como o torna controverso. A verdade anda cara em nossos dias. As fake news não são a novidade do século, mas tornaram-se mais perniciosas, preocupantes e moldaram muito do comportamento, política e economia de grandes nações nos últimos anos. O assunto é tão sério, que há novos estudos sobre o tema, também por força do avanço das redes sociais e seus impactos nos mais jovens.


Filme A menina que matou os pais, Amazon Prime Video

No Brasil, estamos familiarizados com a desinformação. Dentro da casa de cada brasileiro há uma ou mais pessoas que ouvem apenas um lado da história e acreditam que é esta a verdade dos fatos. Muitas vezes, sem sequer conhecer os fatos. Muitas vezes, sequer sabem se os fatos realmente os são. Em uma trajetória de informações distorcidas e falsas, sobre muito do que nos cerca, somos encaminhados através dos algoritmos por uma narrativa que vai se firmando e se pretendendo real. Em estudos de comunicação se dizia que se virou notícia, é real. Com tantos mecanismos de propagação de ideias e histórias, com a pseudo democracia da informação na internet, como fica essa afirmativa nos dias de hoje?

Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos
cartaz dos dois filmes sobre o caso Richthofen

O menino que matou meus pais e A menina que matou os pais se encaixam perfeitamente neste momento. Os filmes abrem com a informação de que são uma narrativa ficcional baseada em fatos reais, em especial, nos depoimentos dos principais assassinos, Daniel Cravinhos e Suzane Von Richthofen. Com essa premissa, é preciso estar atento e forte: nada do que for contado ali é, realmente, digno de crédito.

Como Elize Matsunaga, o caso Eloá, Eliza Samudio, o Maníaco do Parque e Daniela Perez, este é mais um caso que tomou o país. Suzane e Daniel planejaram e assassinaram os pais dela enquanto dormiam em sua casa. A intenção era viver sem eles, aproveitando a boa situação econômica da família. Quando chegamos aos depoimentos e investigações da época, o que sabemos é deste jogo de culpa, quando o casal rompe em uma troca de acusações. De vítimas, ficaram os pais mortos e o irmão de Suzane, Andreas, que carrega um passado e presente trágicos.

Imagens dos filmes A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais
Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos), Carla Diaz (Suzane von Richthofen) e Leonardo Bittencourt (Daniel Cravinhos)

Entretanto, a curiosidade sobre grandes crimes é parte do que nos torna humanos. Talvez menos pela morbidez dos atos, mas por uma busca de compreensão, de entender se há alguma justiça nos crimes cometidos ou se é, apenas maldade, perversão, violência gratuita. Neste percurso, de nada os filmes nos servem. Juntos, eles são um jogo narrativo de inversão de papeis a partir do discurso dos depoimentos dos réus. Os vilões, responsáveis pelo crime, se alternam nos filmes e é apenas isso o que vemos.

Talvez o que mais decepcione seja justamente isso: os autores decidiram não contar as histórias que desejávamos tanto conhecer. Esta escolha de jogo de cena seria interessante como uma alternativa, algo como o que vemos em Corra Lola, Corra (Tom Tykwer, 1998). Ali, em um único filme de ficção, há diferentes pontos de vista para uma mesma história, nos dando um panorama mais completo do que estamos a conhecer. Nesta obra escrita por Raphael Montes e Ilana Casoy, e dirigida por Maurício Eça, deixamos escapar a veracidade dos fatos, a única coisa que realmente importa em uma história de crime verdadeiro. Em tempo: é importante ressaltar o respeito pelas escolhas da produção. Só é uma pena que se perca a oportunidade de abordar o entorno do crime, os julgamentos de fato, as histórias um pouco mais próximas da realidade.

Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos
Daniel Cravinhos e Suzane Von Richthofen

Ao sair dos filmes, ficamos com as mesmas questões com que entramos: o que de fato aconteceu? Por que aconteceu? O que fez com que eles saíssem de vítimas colaterais a suspeitos e então condenados pelos crimes? Por que não sabemos nada sobre as investigações? O que aconteceu a Andreas? Ao colocarem as famílias de classe média e classe alta em oposição, a única coisa que sabemos é sobre a polarização de velhas ideias e preconceitos, punindo não apenas os criminosos, mas suas classes e dando a entender que o interesse motivador do crime não partiu apenas de Daniel - no caso de O menino que matou meus pais - mas de toda sua família. Na versão que se quer oposta, se diz: a pobre menina rica não aguentou a pressão preconceituosa de seus familiares e, por não ligar para dinheiro (apenas porque o tinha em profusão), arquitetou sua solução final com o extermínio dos pais para viver melhor.

Talvez, de positivo, saiamos com a percepção de que ainda não encontramos uma boa forma de contar esta história, abrindo margem para novas produções, já que ainda há muito o que conhecer e encontramos um público ávido e receptivo à produção nacional. Com tantos streamings investindo em conteúdo brasileiro, esperamos o aquecimento do mercado audiovisual como uma nova retomada de produções no pós-pandemia, esta última que promete acabar ano que vem. Se isso tudo for verdade.

***

O que você achou dos filmes? Vamos conversar! No buy me a coffee você me ajuda a manter este espaço sempre ativo com o valor de um cafezinho :)

Share
Tweet
Pin
Share
2 Comentários

Nós estamos vivendo uma guerra populacional. Esse era o slogan na China dos anos 1980, quando iniciaram a campanha de redução da população, através do controle de natalidade: a política de filho único. Cada família poderia ter apenas um filho. Como controlar isso em um país tão grande? A documentarista Nanfu Wang é quem investiga a história, como a primeira filha de uma família que burlou a regra.

diretora nanfu wang discute a política de filho único na China.
A diretora Nanfu Wang e seu primogênito

O que é a política de filho único (one child policy)?

Exatamente o que o título diz. Na China do final dos anos setenta e início dos anos oitenta, o governo fez um cálculo de superpopulação à la Thomas Malthus (1766-1834). Com isso e muito pânico, entenderam que, com o crescimento exponencial de seu povo, o país entraria em derrocada, com escassez ainda maior de alimentos e aumento da pobreza - situação vivida por muitos anos. Assim, instituíram uma severa política em que toda e qualquer família chinesa, a partir daquela data tivesse, no máximo, um filho. 

O resultado sabemos: tragédias, crianças sendo abandonadas em feiras, mercados, esgotos. Sendo vistas morrerem à míngua ou entregues à adoção. Famílias se escondendo, grávidas fugindo. E muita gente também, entendendo que aquela política era necessária e fundamental a uma vida melhor no país. Vamos ao filme.

one-child-nation
One chid nation: Nanfu e família, à espera do irmão

A relevância: do particular para o universal

Os pais de Nanfu queriam, como toda família patriarcal, um filho homem. O nascimento dela foi o motivo para uma segunda e clandestina gestação. Agora adulta e mãe de um bebê, ela busca em seu país, conhecer as pessoas por trás daquela história. A diretora encontra cidadãos e cidadãs que viveram e tiveram influência na vida de tantas famílias, inclusive na sua.

Os documentários que partem de uma premissa íntima e particular e que se traduzem em uma narrativa de assunto universal, têm público garantido. Ao assumir que estamos participando de uma história pessoal, enquanto público, nos colocamos naquele lugar, nos espelhamos naquelas circunstâncias, por mais díspares que sejam da nossa realidade. Nos inserimos no filme de forma mais fluida. É o princípio de uma boa história: se bem contada, pode ser sobre qualquer coisa. Neste caso, é sobre o controle populacional por parte do Estado chinês, através de planejamento familiar, abortos e esterilizações em massa de mulheres. Sempre e apenas de mulheres.

documentário vencedor de sundance, one child nation
A diretora e a propaganda da política de único filho

Estado totalitário, propaganda e banalidade do mal

Toda política absolutista, todo governo não democrático - ainda que se intitule assim - necessita de uma massiva propaganda para se sustentar. Não precisa de um estruturado plano de governo que promova melhores condições de vida, mas precisa de um grande planejamento de marketing e controle de informação, para se fazer crível e necessário ao povo. No mundo capitalista, há um sem fim de nações assim. No comunista, também. Aqui, a dor maior é usar essa propaganda para afetar tanto o íntimo e psicológico das famílias - e, particularmente, de todas as mulheres das famílias - como toda a estrutura e pensamento do coletivo. Uma grave ofensa aos direitos humanos.

A importância desse filme reside, não apenas na denúncia de um sistema e política atrozes, mas em como a documentarista buscou diferentes perfis para discutir o assunto. Artistas, parteiras, médicos, planejadores familiares, traficantes de crianças, jovens, sua família. Pessoas que praticavam abortos contra a vontade das parturientes e que também faziam nascer seus primeiros filhos. Um poder de vida e morte acima da moral, já que eram regidos por lei. Mas, fizeram o contrário do que vimos do posicionamento de Eichmann após a Segunda Guerra Mundial. Funcionário do governo nazista que contribuiu para o extermínio dos judeus, Eichmann concretizou a banalidade do mal na omissão de responsabilidade, ao direcioná-la ao poder estatal. Nas pessoas da China, encontramos remorso, culpa e problematização.

De um lado, uma médica que fazia abortos e nascimentos assume o poder, os feitos e a culpa. Hoje, faz caridade em prol de uma remissão impossível dos assassinatos que cometeu: "Embora possam dizer que não foi maldade por ser o meu trabalho, eu fui aquela que os matou. (...) O Estado dava a ordem, mas era eu quem as cumpria." Do outro, uma planejadora populacional que faria tudo novamente, se necessário fosse, afirmando que o Estado salvou a nação. Era ela quem ganhava os maiores prêmios por serviço, enquanto perseguia mulheres que fugiam correndo para não perderem suas gestações de até oito, nove meses. 

porque one child nation
As crianças abandonadas, os "órfãos" que seriam adotados por estrangeiros

A arte como marco e denúncia

Peng Wang, um artista plástico, conta a sua relação com a política de filho único que começou a criticar a partir de 1996. Seu tema então era o lixo e ele fotografava áreas de depósito irregulares. Em uma dessas imagens, embaixo de uma ponte, percebe que havia registrado um saco plástico preto, descrito lixo hospitalar e semi aberto. Não é preciso dizer o que havia nele. A partir dali, sua perspectiva mudou e ele passou a buscar e produzir imagens que retratassem a fragilidade da vida em tamanho descaso - proposital - de um governo.

O filme é duro, difícil por vezes, mas necessário. Há cenas que queremos - e podemos - evitar, mas é importante entender o todo. Que não é apenas sobre o controle de natalidade chinês. É sobre o absolutismo de um poder, mesmo irracional, injusto e criminoso, sobre uma nação. Sobre os corpos de mulheres, sobre a determinação de vida e morte do outro. E a sua permissividade local e a passividade mundial. Ainda mais, é sobre a massificação da informação e do poder do discurso, qualquer que seja. 

Tratando do último, o discurso, hoje é mais fácil percebermos sua manipulação. Com a avalanche de fake news, vem também as críticas e denúncias a elas. Mas, ainda assim, bem construídas e estrategicamente difundidas, é possível se fazer acreditar em quase qualquer coisa, como o terraplanismo, as vacinas que fazem mal, atalhos para tratar covid-19 e um sem fim de histórias absurdas que não só corrompem fatos, como ideias, pensamentos e famílias.

twins-one-child-nation
As gêmeas separadas na política de filho único

Imprescindível, pessoal, feminista e intransferível

Na história familiar da diretora, ouvimos seu tio, irmão, avô. Os homens da família, cada um de uma geração e pensamento. É nisso que o filme ganha, para além da relevância histórica. O irmão sente-se culpado por ter vivido um favorecimento machista, vendo sua irmã ser relegada a segundo plano durante toda a vida. Ele só existe porque nasceu 'menino'. Se fosse uma menina, seria descartado prontamente pela família, talvez abortado, morto no parto ou deixado em qualquer lugar. Com sorte, seria entregue a um traficante ou orfanato. Foi o que aconteceu à filha do tio. E o avô, que passou fome e muito sofrimento e pobreza no país, confirma a necessidade do programa. Tudo é compreensível. Tudo é cruel.

O controle populacional do filho único durou 35 anos. Atualmente, a China é um país com poucos jovens e que envelhece rápido. Então, o Estado reverteu a política e hoje pede que as famílias se formem com duas crianças. O filme ganhou o prêmio do júri em Sundance em 2019 e é um retrato importante, quase um documento do que foi a política de filho único e como afetou a vida de milhares de pessoas. Ali, vemos as famílias que mataram ou abandonaram seus filhos, os supostos órfãos, adotados por famílias dos Estadus Unidos, Canadá e Espanha. Vemos abortos forçados, quem se arrepende e quem concorda com aquele projeto. Vemos famílias que buscam seus filhos e irmãos, gêmeos que foram separados. E hoje, com a nova política, pouco mudou. O controle não acabou, ele só mudou de ideia.

One child nation está na amazon prime vídeo.

Vamos manter esse blog sempre ativo? Que tal um cafezinho?
Share
Tweet
Pin
Share
No Comentários
amazon-prime-video-julho

Julho acabando, as cidades no Brasil começando a abrir, o lançamento preocupante da nota de 200 reais. Este mês foi bem doido, mas 2020 não tem sido exatamente um exemplo de tranquilidade. Para não perdermos tempo, segue a retrospectiva das dicas da Amazon Prime do mês. Lembrando que elas estão sempre disponíveis e atualizadas quase que diariamente no instagram. Clica para seguir! Se perdeu ou deixou de assistir alguma coisa, vem que dá tempo!

florida-project-amazon
Florida Project (2017)
Só fui assistir Florida Project esse ano. É daquelas coisas que deixamos o tempo levar e quando percebemos, nos perguntamos: por que eu nunca vi esse mesmo? Dirigido por Sean Baker, é um filme leve, que insiste na tentativa de manutenção da inocência da infância nas situações mais adversas. Ele traduz a realidade dos entornos do Walt Disney World para o mundo: uma região em que se vive a qualquer custo, mas que uma hora, a conta chega. Moonee (Brooklynn Prince) é essa brilhante garotinha da foto e é quem leva o filme de maneira impressionante. Vale assistir só para vê-la atuar - de tão natural, o diretor manteve os diálogos que ela e as outras crianças improvisavam nas cenas. Willem Dafoe está impecável, como se aquela rotina estivesse entranhada em sua pele. Uma alegria encontrar uma obra tão rica e sensível, com uma pontinha de tristeza, pela impressão de realidade dura que passa. 

babel-inarritu
Babel (2006)
De Alejandro González Iñárritu, Babel (2006) é o último filme da trilogia do diretor também de Entrelaçando histórias novamente, no Marrocos, um casal de americanos sofre um atentado - uma criança marroquina cujo pai lhe deu um rifle para que matasse chacais, aponta e atira em um ônibus turístico. O pai comprou a arma com um japonês, cuja filha tem problemas auditivos e sofre com a repressão de seus desejos na incomunicabilidade, enquanto os filhos do casal americano são levados a um aniversário no México, já que a babá deles não tinha como deixar as crianças sozinhas. Com roteiro impecavelmente amarrado em um contexto internacional e ampliando o alcance do ‘efeito borboleta’, o filme nos prende em uma narrativa quase vertiginosa e ficamos entregues à ansiedade de ver as resoluções da história, ansiando por um, cada vez mais improvável, final feliz. Um grande filme. 

vida-dos-outros
A vida dos outros (2006)
Para aproveitar bem o fim de semana e se envolver em uma trama de suspense e tensão, invista em ‘Wiesler é esse investigador que desconfia do que seria o último escritor e dramaturgo fiel ao regime e passa a investigá-lo. Essa intromissão diária na vida de seu suspeito provoca uma aproximação e empatia pela intimidade que ele acompanha e é nesta hora que tudo se torna mais complexo e que as sólidas estruturas dos ideais começam a rachar. Inteligente e sensível, é uma grande simulação de como era a vida 30 anos atrás na Alemanha Oriental. Ainda hoje, é possível encontrar museus que explicitavam estes procedimentos de escuta, investigacão e repressão e encontramos paralelos com esta trama do diretor

serie-amazon-prime
Downward Dog (2017)
Enquanto deixo em suspenso a decisão de ter um cachorrinho (ou um gato?), que queria ver ao vivo e a cores e pensar na dedicação e cuidado necessários, me peguei pesquisando filmes e séries que tivessem os animais de estimação em primeiro plano. Por motivos óbvios, há muita coisa pra criançada, há aquelas comédias policiais com cães ultrainteligentes e há um monte de dramas melosos de cachorros saudosos ou que morrem em algum momento. Não. No meio disso tudo, surge na Amazon Espirituosa e despretensiosa, traz um pouco de leveza para os nossos dias e dá uma perspectiva interessante sobre a vida deste par, sobre fidelidade, companheirismo, solidão e cotidiano. Diriga por Samm Hodges e Michael Killen.

seinfeld-serie
Seinfeld (1989 - 1998)
Oi gente! Enquanto a vida está corrida, vou postando uns clássicos para saber se vocês já viram, quem gosta, quem odeia e assim fico sabendo um pouco mais sobre vocês. Seinfeld Há quem a compare com Friends, por ser quase na mesma época, eles se encontrarem em uma lanchonete e ser em NY, mas acho as duas muito boas e viraram referências de sitcom dali em diante.

amores-brutos
Amores Brutos (2000)
Outro dia indiquei aqui Em mais uma parceria brilhante com o roteirista Guillermo Arriaga, Iñárritu conta três histórias independentes que se entrelaçam por um acidente. Um homem com a missão de assassino de aluguel para ter condições de retornar à família, um jovem que leva seu cachorro a uma rinha para conseguir dinheiro e fugir com a namorada e uma modelo que passa a viver com o ex-amante. Inteligente, muito bem montado e com grandes atuações, vale ver hoje mesmo. Foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ao Globo de Ouro. Levou o Festival de Berlim e Cannes, em três categorias, inclusive o de crítica, além de outras 50 premiações e 24 indicações. 

mozart-in-the-jungle
Mozart in the jungle (2014 - 2018)
Estou me sentindo muito fã de Gael García Bernal, mas é pura coincidência. Estes dias estava insistindo (e sofrendo) para assistir Dark, mas essa série segue me dando agonia, então escapei para a Amazon e encontrei Mozart in the jungle. A série está na quarta temporada e a história gira em torno de um jovem maestro (Bernal) que substitui o anterior (Malcolm McDowell) na orquestra sinfônica de NY. Por situações da vida, Hailey (Lola Kirke, a atriz aí da foto) uma oboísta ‘novata’ e super talentosa consegue entrar para o elenco de músicos. Comédia inteligente ainda conta com o incrível Jason Schwartzmann (dele eu sou fã mesmo!) e fala sobre este universo dos músicos de orquestra, suas vidas e vaidades. Ela nos prende de tal forma que não vemos o tempo passar. Inusitada, divertida, envolve amizades, relacionamentos e arte, mostrando que, por mais diferente possam ser as nossas vidas, há sempre algo em que podemos nos identificar. Melhor dica para passar esses dias e um intervalo mais do que agradável das séries mais tensas =D. 

Perdeu as dicas passadas? É só clicar aqui, que tem tudo o que indiquei para assistir na Amazon Prime Vídeo. E não esquece de seguir o Café no instagrampara pegar as dicas fresquinhas quase todos os dias. :)
Share
Tweet
Pin
Share
No Comentários
Café é essa bebida dos deuses que tanto amamos. Aqui posso contar, de coração: o título do blog veio pra mim anos atrás, porque pensei nas coisas que mais gosto na vida e uma das mais importantes é, de fato, tudo o que cerca esse grão maravilhoso. E aí, nos perguntamos: o que mais pode haver de espetacular que associe o Café e a nossa vida?

cafe-cinema

O espetáculo, claro. É muito vasto o número de filmes e séries em que o café aparece. Há filmes feitos em cafeterias como principal cenário, há outras produções em que boa parte dos episódios se passa nas cafeterias, há filmes inteiros rodados nelas. Tomar café é um conjunto de rituais: de encontrar os amigos em casa ou em alguma cafeteria, do intervalo do trabalho ou para acelerar o trabalho, para acordar, com aquele aroma delicioso - para mim, só há dia depois de uma xícara de café preto, sem açúcar e forte, por exemplo. Então, para nos deixar com água na boca e nos fazer preparar a nossa nova xícara, trago alguns filmes e séries em que este super alimento é quase o protagonista.

seinfeld
Seinfeld (1989 - 1998)
A série chegou no finalzinho dos anos 80 com uma proposta nada ambiciosa: falar sobre o nada. Larry David e Jerry Seinfeld são os criadores deste sitcom que reúne um elenco que se tornou célebre após o estrondoso sucesso da produção da NBC. Um grupo de amigos, na casa dos trinta anos vive em Manhattan e passa por situações do dia a dia com um humor rápido e inteligente. Cada personagem é construído com forte e distinta personalidade para dar um alívio cômico sem parecer besta, e calcado na realidade. E eles sempre se encontram onde? Na casa de Jerry (ops), e na cafeteria da esquina. Sempre tomam café por lá e é onde discutem grandes assuntos, relacionamentos e situações de seus cotidianos. São nove temporadas e todas estão no Amazon Prime, super fácil de encontrar.

friends-serie
Friends (1994 - 2004)
Junto com Seinfeld, Friends tem uma premissa parecida, apesar de ser completamente diferente. É também um grupo de amigos, alguns dividem apartamentos em Manhattan - lá o aluguel é caro de verdade - todos se encontram na Central Perk, a mítica cafeteria que se tornou famosa sem sequer existir. Após o boom, se fez um marketing intenso da série e boa parte dele também carrega a marca da cafeteria. Mônica (Courteney Cox), Rachel (Jennifer Aniston), Phoebe (Lisa Kudrow), Joey (Matt LeBlanc), Chandler (Matthew Perry) e Ross (David Schwimmer) se conhecem e estabelecem essas amizades que nos fazem sentir saudades dos nossos amigos de longe e de perto. A série é de comédia, os personagens estão saindo dos seus vinte anos e muita gente a compara com Seinfeld, há até uma briguinha dos fãs para definir qual é a melhor. Eu amo as duas, então não é um problema para mim. Cada uma tem uma narrativa diferente, as duas têm grandes personagens e estilos de comédia distintos - uma situação em que todos ganham. Na Netflix.

seinfeld-café
Comedians in cars getting coffee (2012 - )
O mesmo Jerry Seinfeld da série homônima volta aqui em um projeto que começou 'pequeno' e segue hoje com várias temporadas. O comediante usa a premissa do título: ele busca outros comediantes, amigos, em um carro e os leva para conversar enquanto tomam café. Seinfeld é fissurado em carros, dos vintage, velhos mesmo aos luxuosos. Ele associa cada convidado a um carro e lhe atribui características comuns. Ao levar uma grande personalidade - Ellen DeGeneres, Jim Carrey, Julia Louis-Dreyfus, Amy Schumer, Jimmy Fallon, Seth Rogen e muitos outros - para uma cafeteria distinta por vez, ainda vemos aquelas imagens belíssimas em alta definição de nossa bebida maravilhosa sendo colocada nas xícaras, sendo preparada. É um programa super leve e alto astral, que pode ser visto a qualquer hora. Uma delícia, quase food porn de café para sofrermos de desejo. Com nove temporadas até agora, na Netflix.
 
bill-murray-jim-jarmusch
Sobre café e cigarros (2003)
Um filme sempre citado quando se trata de cinema e café é este, por motivos óbvios. Jim Jarmusch traz seu cinema estiloso e independente aqui, com grandes atuações e a premissa básica de que seus personagens se encontrem em uma cafeteria, bebam café e fumem cigarros. O elenco corrobora a qualidade da trama e de seus diálogos inusitados: Iggy Pop, Bill Murray, Roberto Benigni, a dupla do The White Stripes e por aí vai. Filme inteligente e em preto e branco, é uma delícia de assistir e acompanhar aquelas mentes brilhantes em um falso dia a dia de momentos comuns a todos. Cigarros à parte, vê-los conversando e tomando café despretensiosamente é sempre muito bom. Completo e legendado no Youtube.

audrey-tautou
O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001)
Ah, esse é aquela delícia de filme francês, fantasia máxima romântica, razão do meu viver que transformou a atriz, Audrey Tautou, em it girl (ainda se usa esse termo?) e todas nós queremos ser Amélie. O fime é um romance leve e um pouco fantástico sobre essa moça solteira e um pouco solitária que trabalha em um café de Paris e se encanta por um rapaz. O destino faz com que se encontrem depois de algum trabalho, aventuras e a fatídica transformação da personagem. O filme foi um sucesso absoluto e é um acalanto para os corações dos sonhadores - como eu - que sempre buscam um pouco de fantasia e criatividade para quebrar a rotina. Vale assistir de tempos em tempos, é engraçado e atrela o dia a dia da mocinha na cafeteria com os clientes, figuras únicas, colegas de trabalho e até vizinhos de casa. Ah! A cafeteria em que ela trabalha, a Café des Deux Moulins existe de verdade: fica em Montmartre e dá pra visitar e tomar um cafezinho, em uma viagem à capital francesa. Anota a dica! Você encontra o filme na Amazon Prime.

coffee-for-all-netflix
Café Sospeso (2017)
Café suspenso ou pendente é uma generosa tradição italiana em que, quando uma pessoa for tomar um café, deixe outro pago para quem não teria condições para isso. Assim, o responsável pela cafeteria se responsabiliza e oferece um café a quem mais precisa. O documentário registra a importância que o café tem na vida de três pessoas em Buenos Aires, Nova York e Nápoles. Na Netflix.

Sabe de outros filmes e séries que trazem nossa bebida maravilhosa para o centro da trama? Me conta!
Share
Tweet
Pin
Share
No Comentários

Junho passou até mais rápido do que maio ou talvez já estejamos mais habituados a esse isolamento social. Enquanto ficamos em casa, trago a lista do que indiquei, filmes e séries da Amazon Prime Vídeo, este mês no instagram. Vem comigo!

prime-video-junho

A vida tem mudado bastante, mesmo estando em casa. Começamos a nos adaptar um pouco mais a essa rotina que passou dos cem dias e agradecer por termos tido um verão quase livre da pandemia. Agora é encarar a reta final, fazendo campanha para amigos, familiares e conhecidos espalharem a ideia de que falta pouco mesmo, e que ir pra rua agora é dar dois passos para trás, é acreditar em um presidente despreparado, ineficiente e que só se preocupa - e muito mal faz isso também - com os seus. Como não somos dele, vamos juntos e independentes, fazer da nossa cidadania um direito e da nossa saúde coletiva, uma prioridade. Insisto nisso mesmo, porque se faz necessário. Todos os dias. E agora, nossa distração!

wes-anderson
Moonrise Kingdom (2012)
Enquanto a cada filme lançado por Lars von Trier saímos sofridos e horrorizados com seus desatinos e sordidezes, com Wes Anderson, o efeito é oposto. A cada obra do diretor, confirmamos uma sensação de infância, por mais 'adultos' que seus filmes sejam, com piadas e diálogos sagazes. O diretor é conhecido por seu apuro estético - é fácil reconhecer seus filmes por suas cores, movimentos de câmera, figurinos e até elenco, como se os melhores amigos estivessem sempre presente. Moonrise é uma delícia de filme que nos leva aos tempos dos acampamentos - para quem foi escoteiro - e das aventuras de crianças, para quem viajava em família para alguma cidade menor, para o campo ou apenas, para o terreno baldio do fim da rua, com os amigos do bairro. Dá para se relacionar em qualquer situação e com um elenco estelar (Frances McDormand, Jason Schwartzmann, Edward Norton, Bruce Willis, Bill Murray), a graça só aumenta. É um filme de verão na melhor acepção do termo e deve ser visto hoje e sempre. A crítica você encontra aqui.

little-fires-everywhere
Pequenos incêndios por toda a parte (2020)
Baseado no livro homônimo de Celeste Ng, o drama conta a história da adaptação de uma mãe solteira e sua filha adolescente em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Com toda a questão social e racial que os acomete desde sempre e parece nunca evoluir, a série cai como uma luva no processo e traz um feito inédito, colocando Reese Whiterspoon como alguém odiável. Nunca antes na história da humanidade isso aconteceu. Político sem forçar a barra, fala também sobre comportamento, relacionamento e ser mulher. 

downfall
A Queda! As últimas horas de Hitler (2004)
Um dos filmes mais brilhantes e sensíveis sobre o período da Segunda Guerra Mundial - e olha que fizeram e ainda fazem muitos sobre o assunto - A Queda! As últimas horas de Hitler, traz os últimos dias do ditador, escondido no bunker, entre aceitar a derrota e providenciar sua cartada final. Bruno Ganz está brilhante, carrega o filme com uma força que, de alguma maneira, conseguimos perceber um resquício de humanidade, ou melhor, de ser humano, naquele genocida. É um filmaço em todos os sentidos e deve ser visto. Um grande retrato de época. A crítica está aqui. 

spike-lee
Pass Over (2018)
Seguindo a onda do debate racial norteamericano, chegamos neste Pass Over, de Spike Lee. O diretor é conhecido e reconhecido por décadas produzindo um cinema inteligente e político, trazendo as questões que lhe ferem para os holofotes e escancarando a vergonha que é esta nação racista. Aqui, dois amigos estão na esquina da avenida Martin Luther King Jr., decidindo tomar um rumo melhor na vida, sair daquela cidade opressora que se diz igualitária, mas basta a solidão de um homem negro na rua passando por outro branco para se entender o racismo. Aqui, o filme é uma peça de teatro encenada para uma população negra, tratando da questão racial de forma contundente. Os atores traduzem os sentimentos que vemos nos olhares da plateia, a indignação, a raiva, o medo nos olhares de todos os dias de pessoas que não fizeram nada para viverem assim. Enquanto decidem se ficam ou se vão, considerando os riscos de encontrar a força policial assassina de sempre, discutem a própria condição, entre risos, piadas e misérias. Lindo filme, diálogos fundamentais e, com quatro atores e uma locação, se fez uma grande obra.  

jerry-seinfeld
Seinfeld (1989 - 1998)
Criada por Larry David (Curb Your Enthusiasm) e Jerry Seinfeld (Comedians in Cars Getting Coffee), a série se fez baseada em sua máxima: sobre o nada. É uma sitcom que trata do dia a dia destes quatro aí da foto em Manhattan e com essa sinopse 'original' se transformou em um dos maiores sucessos da televisão americana de todos os tempos. Os fãs costumam rivalizá-la com Friends, que surgiu um pouquinho depois e também é de sucesso estrondoso, sendo tão boa quanto. Seinfeld é um comediante - ele basicamente faz o papel de 'vida real' dele - Elaine (Julia Jouis-Deryfus) é sua amiga e ex-namorada, George Costanza (Jason Alexander) é o amigo cheio de questões e Kramer (Michael Richards), o vizinho atabalhoado. Juntos, eles traduzem uma comédia inteligente, com grandes sacadas e interpretações. Os quatros alavancaram suas carreiras aí e seguiram adiante em outras produções, com destaque especial para o próprio Seinfeld e Julia Louis-Dreyfus (Veep). São nove temporadas de muita diversão. 
Share
Tweet
Pin
Share
No Comentários
dicas-amazon-prime-video

Eu não sei vocês, mas uma imagem de café sempre me acalma o espírito. E tudo o que precisamos agora é de calma, para usarmos o tempo a nosso favor. Enquanto vivemos o isolamento, a quarentena desta pandemia no país com a pior política de combate à doença, sigamos com uma das coisas que temos de mais preciosas no mundo, e que às vezes não damos valor: a cultura. Sabemos que, em tempos de recessão, ela é a primeira que sofre mas, paradoxalmente, é uma das que mais se precisa, quando o ócio ultrapassa o tempo da preguiça gostosa e nos deixa um pouco vazios e entediados. Por isso, seguem aqui as dicas do Amazon Prime Vídeo, para nos alimentarmos com filmes e séries que valem a pena e fazem do nosso tempo, um momento de entretenimento, prazer e por que não, educação.

chef-jon-favreau
Chef (2014)
Um filme que fala de uma profissão que vai aos extremos, do glamour de grandes restaurantes à lanchonete da esquina. Chef conta a história de um cara que pede demissão do restaurante em que trabalha pra resgatar a criatividade de que tanto sentia falta, comandando um food truck com a ajuda da família. Divertido, humano, gostoso de ver (pelas comidas e pelo ritmo) e ainda conta com um elenco estelar. Meio roadmovie, meio comédia, é tudo o que precisamos. Jon Favreau dirige, escreve e protagoniza o filme com Sofia Vergara, Scarlett Johansson, Bobby Cannavale, Dustinf Hoffman e Robert Downey Jr.. Em 2019, ele se empolgou com a história do filme e produziu uma nova série, The Chef Show, que será uma das dicas para junho, neste maravilhoso espaço.

bebe-de-rosemary
O bebê de Rosemary (1968)
Um clássico é sempre fundamental. Para o mês das mães, é uma piada e uma honestidade trazer esse filme, já que o amor da mãe por seu filho é genuíno. Rosemary (Mia Farrow) e Guy (John Cassavetes) acabam de se mudar para um novo apto e conhecem os vizinhos. Ela engravida enquanto ele ascende na carreira, tendo menos tempo para a esposa, que passa a estranhar a vizinhança. De 1968, é um filme brilhante e, mesmo sabendo do final, o que importa aqui é a construção do suspense, essa gestação tensa e ingênua que acompanhamos de perto. O filme é sensacional, um dos melhores de Polanski. E de Mia. Escola de cinema.

this-is-40
Bem vindo aos 40
Saindo do horror para a comédia, aqui dá respirar, gargalhar e se identificar um pouquinho. Bem vindo aos 40 traz a história de Pete (Paul Rudd) e Debbie (Leslie Mann), um casal que está chegando à essa idade e mostram muita coisa do que vivemos e podemos viver em breve. Não tem como se fazer de jovem adulto, não é a melhor idade, é aquele meio termo que ninguém sabe direito como viver, mas vai levando, enquanto paga as contas e trabalha. Vale boas risadas. De Judd Appatow, diretor de outras comédias que seguem a mesma linha descompromissadae e que não ofende ningupém, Ligeiramente Grávidos (2007) e o Virgem de 40 anos (2005).

grandes-momentos-filme
Grandes Momentos
Esse filme é quase desconhecido por aí e é uma incrível comédia romântica. Alison Brie, a mesma do atratente, estranho e um tanto confuso Entre Realidades (2020) e da incrível série Mad Men (2007-2015), é Beth, que está às voltas organizando seu casamento, enquanto sua irmã Sarah (Lizzy Caplan) rejeita um pedido de noivado e tenta se entender e lidar com isso. É uma comédia não idiota que vai nos tomando pelas beiradas. Grande elenco, ainda que mais conhecido no cinema independente americano.

deus-da-carinificina-polanski
Deus da Carnificina (2015)
Deus da Carnificina acabou sendo o segundo filme de Polanski na lista de maio, além de O Bebê de Rosemary (1968), logo acima. É uma adaptação da peça homônima ao cinema e traz dois casais se encontram no apartamento de um deles para resolver a briga que seus filhos tiveram na escola. Da educação ao descontrole, das famílias de bem e do bem, a graça é ver grandes atuações deste elenco impressionante (Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly) em um único ambiente. Direção precisa e inteligente, diversão tensa e garantida de quem faz cinema há décadas. 

rainha-da-terra-filme
Rainha da Terra (2015)
Rainha da Terra (Rainha do Mundo) é um desses filmes que, mesmo nos deixando tensos, nos fazem entender a grandiosidade de seus atores. Cat (Elisabeth Moss, a Peggy de Mad Men) e Ginny (Katherine Waterston, de Romance de Manhattan, 2015) são melhores amigas e vão passar uma semana em uma casa de campo, para ajudar na recuperação da primeira, que acaba de perder o pai. Por trás dessa amizade de anos, há percepções distintas uma da outra e estando em um lugar isolado, tudo vem à tona. O filme só funciona por conta da força dessas atrizes que conseguem se transformar em seus personagens, imprimindo cinismo, depressão e inteligência de uma maneira única. É pra ver sabendo que não vai ser fácil, mas vai valer a pena. De Alex Ross Perry.

parceiras-eternas-filme
Parceiras eternas (2014)
Mais um filme despretensioso que traz boas e interessantes reflexões. Da mesma forma que Frances Ha, aqui são outras duas amigas que estão buscando decidir o que fazer dessa adultescência, cada uma à sua maneira. As diferenças em cada uma, suas esolhas e dificuldades marcarão a independência de uma amizade que sempre começa com poucos quetionamentos sérios e depois se firma justamente por eles. Aqui, a trama surge quando elas terminam a juventude ‘segura’ da faculdade e entram no esquema 'profissional' da vida, quando nossas decisões parecem ser um pouco mais definitivas. Com Gillian Jacobs, Leighton Meester, Adam Brody e Gabourey Sibide.

mommy-xavier-dolan
Mommy (2014)
Xavier Dolan é jovem, ousado e bom. Os filmes dele costumam também acompanhar essa tríade e Mommy impressiona. O drama gira em torno de um filho temperamental e, aparentemente com distúrbios de comportamento e vemos em sua mãe amor, dor e glória, como só as grandes mães do cinema sabem ser. Levou o prêmio do júri em Cannes e é impressionante, em ousadia técnica e narrativa. É dele também o maduro, ótimo e tenso, É apenas o fim do mundo (2016).

moonrise-kingdom-amazon
Moonrise Kingdom (2012)
Moonrise Kingdom reafirma o estilo já conhecido e apreciado pelo mundo inteiro, de Wes Anderson. Todas as suas histórias são carregadas de tons de fábula, como histórias de criança para adultos... e para algumas crianças também. Esse aqui segue a regra, mais uma vez, com elenco brilhante e figurinhas marcadas da filmografia do diretor, como Tilda Swinton, Bill Murray, Jason Schwartzmann, mas também traz outros grandes nomes, Bruce Willis, Edward Norton e Frances McDormand. Este é um filme sobre infância, sobre um acampamento e as aventuras de uma dupla que decide fugir. A graça está não apenas na estética reconhecida, mas na construção dos personagens, quando até os adultos parecem imersos em uma mentalidade aventureira e doce dos tempos de criança. Volta a saudade e vontade de ter 10 anos novamente.  
Share
Tweet
Pin
Share
No Comentários
Posts mais antigos

Sobre mim

a


Tati Reuter Ferreira

Baiana, curadora de projetos audiovisuais, escritora e crítica de cinema. Vivo de café, livros, cinema, viagens e praia. E Pituca.


Social Media

  • pinterest
  • instagram
  • facebook
  • linkedin

Mais recentes

PARA INSPIRAR

"Amadores se sentam e esperam por uma inspiração. O resto de nós apenas se levanta e vai trabalhar."

Stephen King

Tópicos

Cinema Contos e Crônicas streaming Documentário Livros Viagem comportamento lifestyle

Mais lidos

  • Mocinha do filme
  • Setembro amarelo no Cinema | 20 filmes sobre saúde mental
    Setembro amarelo no Cinema | 20 filmes sobre saúde mental
  • Ikigai, mindfulness, meditação e lifestyle. O que você tem a ver com isso?
    Ikigai, mindfulness, meditação e lifestyle. O que você tem a ver com isso?
  • Dia das Mães 2021 | Torne este dia inesquecível
    Dia das Mães 2021 | Torne este dia inesquecível

Free Blogger Templates Created with by ThemeXpose