Salvador, 2020. |
Trouxe essa plantinha lá da casa dos meus pais pro Café, porque acho que ela, sem ser piegas, é bem representativa do momento que vivemos. Estamos entre a expectativa de voltarmos à vida no que será o novo normal e a perspectiva destes dias em casa, ainda sem data de término. Imagino e espero que a angústia do início já tenha passado para a maior parte de nós e que vocês tenham conseguido estruturar alguma rotina. Eu estou nesse processo, ainda em tentativa, na primeira semana do 'hábito'. O fato é que devemos insistir na ideia de que virá algo bom, como esta plantinha que surge e se reproduz sem esperarmos, trazendo beleza na iminência do caos – uma transformação que não entendemos ainda. Enquanto aguardamos e mudamos internamente, segue a vida, segue a lista!
Atypical (2017-) |
Uma série que
demorei pra ver, porque achei que poderia ser besta. Na verdade, é bem boa,
traz a história de Sam (Keir Gilchrist), um garoto com traços de autismo, sua
família e entorno. Leve sem ser boba, comédia tranquila e uma forma incrível de
inserir o autismo no entretenimento. Com Jennifer Jason-Leigh, Brigette
Lundy-Paine e Michael Rapaport. Por enquanto, três temporadas.
Carol (2015) |
Todd Haynes traz Cate Blanchett e Rooney Mara nesta adaptação
para o cinema de um romance entre duas mulheres nos anos 50. Delicado,
inteligente e sutil, as duas atrizes sustentam no olhar e poucas falas, um
mundo de significados. Levou muitos prêmios por onde passou. É realmente
impressionante ver o talento e a força de Cate, especialmente quando
acompanhamos sua trajetória de personagens imponentes. Imperdível.
Nada Ortodoxa (2020) |
Assisti esta minissérie toda hoje, quase de uma
só vez. Com quatro episódios, traz os judeus hassídicos da comunidade de Satma,
no Brooklyn para o nosso dia a dia. Esty (Shira Haas)não consegue se manter na
estrutura radical que é parte daquela cultura e tenta sair dela. Um drama baseado
em fatos reais, com uma excelente pesquisa e adaptação para o audiovisual,
ainda garante uma narrativa clássica, a la jornada do herói muito boa,
nos prendendo até o fim. De quebra, passamos a conhecer um pouco esta realidade
tão contemporânea quanto distante de boa parte de nós. Vai ganhar um monte de
prêmios.
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