Aproveitando que não vivemos apenas de filmes e séries, vou começar a ampliar o espaço com os livros especiais para ler agora. A ideia é trazer um por quinzena, para que sirva de inspiração para começarmos algo novo, discutirmos outras ideias, navegar por outros mares.
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Os meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár (1907) |
Quando viajo para alguma cidade ou país, procuro conhecer um pouco da história do lugar e tenho duas premissas básicas: me pergunto se eu moraria ali e levo um livro de algum autor local. Em 2016, fiz a minha primeira viagem para a Europa. Fui com uma melhor amiga e chegamos a Budapeste, na Hungria. Não só eu moraria lá e me apaixonei pela cidade para todo o sempre, como busquei um autor e saí com uma edição em inglês deste Os meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár. O que eu não lembrava é que já havia comprado esta edição da foto, da infelizmente finada Cosac Naify.
Levando em conta que o livro é em húngaro, decidi ler a versão em português, com a tradução de Paulo Rónai, húngaro naturalizado brasileiro quando chegou ao país, fugindo da Segunda Guerra. O tradutor sozinho já merece livros em sua homenagem, por sua contribuição com diversas traduções de livros fantásticos. A história é sobre dois grupos de meninos que brigam pelo grund, um espaço para jogarem péla, uma espécie de tênis rústico.
O que parece infantil, na verdade se torna surpreendente e cativante, o livro é universal, ainda que se passe nas ruas da capital húngara e atemporal, ao tratar dos fundamentos de grandes amizades. Lindo, atinge todas as idades. Foi reimpresso no Brasil mais de oitocentas vezes (de verdade) e a última edição é da Companhia das Letras, de 2017. Um presente magnífico para qualquer geração e um dos livros fundamentais da vida para ler agora: os meninos da rua Paulo. De fácil acesso, coloquei em rosa links para comprar na Amazon, mas é possível encontrá-lo nas maiores livrarias e em sebos.
Última edição: Companhia das Letras, 2017.
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