Essa semana corrida veio eclética! Aproveitando um pouco de
cada coisa, tem drama, romance, comédia, documentário e série! Tudo muito bom
mesmo e cada produção surpreendente à sua maneira. São filmes que, à exceção de Azul é a cor mais quente por toda a polêmica, não chamam muita atenção nas prateleiras virtuais, mas são excelentes. E ainda tem o retorno de uma série incrível e muito engraçada. Faz a pipoca e aproveita a sessão!
Melhor começar com drama, porque depois é só alegria, certo? Aqui, Jennifer
Aniston prova que vale mais do que Rachel de Friends, aquela série que tanto amamos e será eterna, por mais que
já tenha acabado há algum tempo. Ela é Claire, que perde um filho em um acidente e vive sob um luto amargo e doído, refletindo em um sério problema de coluna. O filme se desenvolve e subverte aos poucos essa negatividade graças a um novo conhecido e
a sua acompanhante/empregada doméstica Silvana Adriana Barraza, que lhe sustenta além de suas capacidades. O filme não é apenas sofrimento, na verdade, mas de um sarcasmo que rende algumas risadas. É a jornada de transformação de uma mulher realista e foi aqui que Jennifer galgou seu lugar ao sol para além das comédias de forma surpreendente em uma mudança tanto física e estética quanto de construção de personagem e atuação. O filme ainda conta com Anna Kendrick, Sam Worthington, Felicity Huffman e William H. Macy.
My own man (2014, de David Sampliner) – 82min |
É um desses documentários que
passam batidos por nós na Netflix. A chamada dele fala de um homem que deve se
preparar para ser pai e não muito além disso. Demorei para ver, mesmo tendo uma
predileção por documentários subjetivos e pessoais e a surpresa foi grande,
deveria ter visto antes. O filme produzido por Edward Norton consegue ser sensível e delicado, contando a
história de um homem jovem que tem uma relação difícil com o pai, que parece
ser um personagem, de tão estereotipado naquele perfil de ‘homem-macho’ que
conhecemos bem. O protagonista e diretor do filme, é seu extremo oposto e
passou a vida empurrando goela abaixo sua estrutura delicada e sensível, uma outra forma de masculinidade nem sempre reconhecida socialmente. Quando
sua mulher engravida, ele resolve investir nessa ideia de ser pai e parte para o encontro com o seu para investigar suas identidades, relacionamentos e dificuldades. Acaba
sendo um filme sobre família, gênero, sociedade e futuro e nos vemos ali de alguma forma, com nossas
dificuldades e situações constrangedoras e engraçadas. Vale muito a pena.
Azul é a cor mais quente (2013, de Abdellatif Keniche) – 180min |
Esse é ousado e comprido. Na verdade é mais polêmico do que inovador, que
de fato, não inova muito. Adèle (Adèle
Exarchopoulos) e Emma (Léa Seydoux)
se conhecem e se apaixonam. Adèle é quase inocente, está se descobrindo e se
entrega totalmente a Emma, mais velha e experiente e dão início a um tórrido
romance, mas esta não é uma comédia romântica. O amor intenso pra mim é muito
mais relevante aqui enquanto história de um primeiro amor, aquele que não
controlamos, que sofremos o diabo e aprendemos, independentemente de saber se
haverá um final feliz ou triste. Ao mesmo tempo e não há como não mencionar, há exageros do diretor e alguma exploração das atrizes, um
excesso nas cenas de sexo, de closes, de invasão.
É um filme sobre um relacionamento lésbico que transcende rótulos, já que
o que importa aqui é a construção de um amor jovem e novo
e seu desenrolar. Intenso.
In her shoes* (2005, de Curtis Hanson) – 130min |
Depois de uma história de amor
romântico entre duas mulheres, um amor fraterno e divertido neste Em seu lugar*.
Rose (Toni Collete) e Maggie (Cameron Diaz) são duas irmãs bem
diferentes uma da outra. Enquanto Rose tem um emprego formal, uma vida estável
e tenta encontrar uma pessoa para dividir a vida, Maggie ainda não traçou um
perfil profissional e nem parece ser esse seu foco – vive de um deixa a vida me levar que lhe parece
bom, de vez em quando com emoções demais e alguns problemas. Elas vão morar
juntas por um tempo e com isso as diferenças serão reforçadas, da mesma forma
que as semelhanças e a importância que uma terá na transformação da vida da
outra. Leve, animado e inteligente. Curtis Hanson é diretor experiente com um
Oscar no currículo, por Los Angeles, cidade
proibida (1998).
That 70’s Show (1998 - 2006, de Mark Brazill, Bonnie Turner e Terry Turner) – 22min |
Não sei em que ano comecei a ver
esta série, mas é uma das mais engraçadas que conheci. Como o título indica, é baseada
nos anos 70 e o retrato da época – ainda que eu não possa dizer que seja fiel à
realidade porque não vivi ali – traz muito dos conceitos, do que entendemos ter
sido essa geração. Seis adolescentes amigos (5 americanos e um intercambista de
algum país latino-americano) se encontram no porão da casa de um deles para
falar da vida, ver tv, ouvir rock e fumar qualquer coisa descobrem a vida em
namoros, relacionamentos com suas famílias, colegas de escola e eventuais
trabalhos. Leve e divertida, vale o longo investimento: são 8 temporadas que
lançaram Topher Grace, Ashton Kutcher
e Mila Kunis. Estou revendo tudo, do
início ao fim.
0 Comentários